Educação Inclusiva X Educação Especial
A Educação Inclusiva se apresenta como um novo paradigma que
tem norteado a política educacional no Brasil e aponta na direção de que todas
as crianças devem estudar juntas, independentemente de suas diferenças ou
dificuldades. Todas devem estar no ensino regular desde o início de sua vida
escolar e serem atendidas em suas especificidades.
Assim, o foco é o acesso, a permanência e o percurso escolar
com sucesso de todos os alunos e a extinção de práticas excludentes no ambiente
escolar. É importante ressaltar que parte desse “todos” que desafia de forma
contundente as práticas pedagógicas tradicionais é constituída pelo
público-alvo da Educação Especial, ou seja, as pessoas com deficiência, com
transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.
A inserção desse público no ensino se deu por meio das escolas
especializadas, que prestavam um atendimento segregado a esses alunos. No
entanto, para frequentar o ensino regular, o aluno precisava se encaixar no
padrão “normal”, ou seja, aqueles cujas habilidades e capacidades estivessem
mais próximas do padrão eram escolhidos para serem direcionados às escolas – os
demais não. Essa compreensão, de acordo com Rodrigues (2013), segue o modelo
médico de entendimento da deficiência, que ressalta a necessidade de a pessoa
com deficiência se modificar para se adaptar às exigências da sociedade. Como é
de se imaginar, muitos alunos continuam excluídos do ensino regular, pela
impossibilidade de se adaptarem às exigências da “normalidade”.
Por sua vez, a Educação Especial é uma modalidade de ensino
destinada a um público mais específico: as pessoas com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e superdotação. Conforme definição da Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), as
pessoas com deficiência são aquelas acometidas por impedimentos de longo prazo,
de natureza física, mental ou sensorial que, pelas dificuldades apresentadas
por tais limitações, podem ter restrições de participação na vida escolar e
social.
Em relação aos transtornos globais do desenvolvimento, a Política
Nacional considera que são aqueles tidos por pessoas que apresentam alterações
qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, além de interesses
e atividade restritos, estereotipados e repetitivos. Esses estudantes englobam
as pessoas com autismo, síndrome do espectro autista e psicose infantil.
Enfim, aqueles com altas habilidades/superdotação são
estudantes que apresentam potencial elevado nas áreas intelectual, acadêmica,
liderança, psicomotricidade e artes, além de serem criativos e se envolverem
profundamente nas atividades de aprendizagem e realização de tarefas de seu
interesse.
Referencias bibliográfica:
DAMIANI, Karla; LOPES, Letícia; RODRIGUES, Sonia Maria. Educação Inclusiva:Experiências de estruturação de salas de recursos multifuncionais em Minas Gerais.Belo Horizonte: Fundação Vale, 2017.
Referencias bibliográfica:
DAMIANI, Karla; LOPES, Letícia; RODRIGUES, Sonia Maria. Educação Inclusiva:Experiências de estruturação de salas de recursos multifuncionais em Minas Gerais.Belo Horizonte: Fundação Vale, 2017.
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